Ontem revisitei, como sempre o faço regularmente, a zona da Estrela, onde cresci. É cidade, a rua onde morava e ainda moram os meus pais é bastante barulhenta e poluída, com carros, autocarros, elétricos a passarem sem cessar e a deixarem bem intensamente o seu testemunho... No entanto, a sensação que tenho sempre, de cada vez que lá volto, é a de estar a regressar "à minha aldeia"!... - a velha vizinha, que no meu tempo ainda era nova, a acenar da mesma janela, a continuar a tratar-me por "menina" - aliás, isto é uma maravilha, se quisermos ser "forever young", como diz a música, é regressarmos ao nosso local de infância, e tal sucede por magia! -, os cheiros que tinham ficado guardadinhos na gavetinha das nostalgias, e que fica aberta, escancarada, a absorver novamente os nossos sentidos e a inundar-nos de memórias, que se revivificam, é aquele recanto que nos retransporta para recordações infindáveis, é aquele gesto da nossa mãe, do nosso pai, qu...