De quando acordávamos aos sábados de manhã e ouvíamos as nossas mães, já na cozinha, a começar a preparar o almoço...
e íamos ver o Tom Sawyer, a Pantera Cor-de-Rosa, o D`Artacão e a Candy Candy.
De jogarmos ao berlinde, andarmos de bicicletas e triciclos sem capacetes, de comermos o 'gelado gourmet' da altura, o Corneto, e de nos sentirmos tão ricos, tão felizardos e livres!...
De termos sempre vozes, sempre as mesmas, ou a mesma, a repetir: "parece que tens bicho carpinteiro", "veste um casaco", "não ponhas os pés no chão frio!", "só vais assim vestido/a para a escola?!! Vais sentir frio!", "para a mesa!!".
Da terra, dos bichinhos-de-conta, das folhas de amoreira para os mesmos, e para as lagartas que faziam casulos (cheguei a ter uns de cores lindíssimas, amarelo e rosa!) de onde sairiam borboletas desajeitadas. E os feijões no algodão, de onde iria crescer uma planta, bem folhuda e verdinha!!
O Katiclá (sempre odiei, nunca comi nem um!), aquelas sandálias de plástico com tiras, para a praia, "e que davam para o peixe-aranha", LOL, o chocolate "Táxi", os Bolycaos - sim, 'nasceram' no nosso tempo!! -, as 3 ou 4 Barbies existentes no mercado, que cada menina tinha no máximo uma, 'para sempre', dada no Natal ou nos anos!!, a Cenoura (loja infantil 'finesse' do nosso tempo!), os rebuçados diamante, o Topo Gigio,...
Enfim, poderia estender-me por horas a elencar produtos, locais, lembranças,...
Mas de tudo isto o mais importante que ficou inscrito nos nossos espíritos, para todo o sempre, foi a inocência misturada com liberdade saudável, que vivemos!
Somos a mais privilegiada das gerações que conheço, arrisco-me a dizer! - não tínhamos medos, nem amarras, tínhamos a cabeça cheia de sonhos, muitos de nós já tiveram muito 'mimo' (sim, que a verdadeira acessão do mesmo só na nossa geração se iniciou), mas era tudo tão simples!... Tão colorido, tão musical e a respirar oxigénio!!
Sei que este é mais um texto da nostalgia saborosa e melancólica que carregam os nascidos mais ou menos entre 68/69 e 79/80, que tão orgulhos da sua dulcíssima infância e pré-adolescência, sobre esses tempos já tanta tinta fizeram correr (sim, exemplo máximo - Markl, claro!!), tantos blogs e páginas de Facebook criaram, até tantos livros editaram, mas, olha, eu não me aguentei também, porque para quem viveu o que nós vivemos, da forma que vivemos, e ainda por cima tem uma alma saudosista e gosta de escrever, ui, é irresistível, é fatal que acabará por honrar com a sua pena tal época dourada, a cheirar a algodão doce e cheia de Kalkitos de cães e piratas por todo o lado!!
Em vez de cantarolar "Bye-bye Miss American Pie...", entoo neste caso "Bye-bye slows e primeiros beijinhos tímidos (dados apenas na adolescência, não logo na infância, como agora já tanto acontece), festas de garagem e videoclips (atenção, termo extinto!) a narrarem histórias de amor completas"!...
Somos mesmo, como eu costumo dizer, "a última geração romântica"!...
e íamos ver o Tom Sawyer, a Pantera Cor-de-Rosa, o D`Artacão e a Candy Candy.
De jogarmos ao berlinde, andarmos de bicicletas e triciclos sem capacetes, de comermos o 'gelado gourmet' da altura, o Corneto, e de nos sentirmos tão ricos, tão felizardos e livres!...
De termos sempre vozes, sempre as mesmas, ou a mesma, a repetir: "parece que tens bicho carpinteiro", "veste um casaco", "não ponhas os pés no chão frio!", "só vais assim vestido/a para a escola?!! Vais sentir frio!", "para a mesa!!".
Da terra, dos bichinhos-de-conta, das folhas de amoreira para os mesmos, e para as lagartas que faziam casulos (cheguei a ter uns de cores lindíssimas, amarelo e rosa!) de onde sairiam borboletas desajeitadas. E os feijões no algodão, de onde iria crescer uma planta, bem folhuda e verdinha!!
O Katiclá (sempre odiei, nunca comi nem um!), aquelas sandálias de plástico com tiras, para a praia, "e que davam para o peixe-aranha", LOL, o chocolate "Táxi", os Bolycaos - sim, 'nasceram' no nosso tempo!! -, as 3 ou 4 Barbies existentes no mercado, que cada menina tinha no máximo uma, 'para sempre', dada no Natal ou nos anos!!, a Cenoura (loja infantil 'finesse' do nosso tempo!), os rebuçados diamante, o Topo Gigio,...
Enfim, poderia estender-me por horas a elencar produtos, locais, lembranças,...
Mas de tudo isto o mais importante que ficou inscrito nos nossos espíritos, para todo o sempre, foi a inocência misturada com liberdade saudável, que vivemos!
Somos a mais privilegiada das gerações que conheço, arrisco-me a dizer! - não tínhamos medos, nem amarras, tínhamos a cabeça cheia de sonhos, muitos de nós já tiveram muito 'mimo' (sim, que a verdadeira acessão do mesmo só na nossa geração se iniciou), mas era tudo tão simples!... Tão colorido, tão musical e a respirar oxigénio!!
Sei que este é mais um texto da nostalgia saborosa e melancólica que carregam os nascidos mais ou menos entre 68/69 e 79/80, que tão orgulhos da sua dulcíssima infância e pré-adolescência, sobre esses tempos já tanta tinta fizeram correr (sim, exemplo máximo - Markl, claro!!), tantos blogs e páginas de Facebook criaram, até tantos livros editaram, mas, olha, eu não me aguentei também, porque para quem viveu o que nós vivemos, da forma que vivemos, e ainda por cima tem uma alma saudosista e gosta de escrever, ui, é irresistível, é fatal que acabará por honrar com a sua pena tal época dourada, a cheirar a algodão doce e cheia de Kalkitos de cães e piratas por todo o lado!!
Em vez de cantarolar "Bye-bye Miss American Pie...", entoo neste caso "Bye-bye slows e primeiros beijinhos tímidos (dados apenas na adolescência, não logo na infância, como agora já tanto acontece), festas de garagem e videoclips (atenção, termo extinto!) a narrarem histórias de amor completas"!...
Somos mesmo, como eu costumo dizer, "a última geração romântica"!...

Comentários
Enviar um comentário