Muito se fala em "evolução", ao pensarmos na vertente pessoal, no caminho de vida, na busca espiritual.
Dá ideia, dessa maneira, que nessa 'subida' nos estamos a deslocar sempre 'para fora', que caminhamos mais além, deixando cada vez mais longe, para trás, o ser antigo, o anterior eu e, em consequência, aquela criancinha pequenina que também já fomos.
Nada mais errado, neste aspeto!
Quanto mais evoluímos, mais vamos ao encontro dessa 'criança antiga', precisamente!!
Quanto mais nos auto-descobrimos, seguimos em frente nessa busca por um Bem maior, uma vivência com um sentido em crescendo, quanto mais luz se abre no encontro marcado connosco próprios, mais chegamos à nossa criança interior, que estava lá escondida, soterrada, e a encarnamos, enfim!!
Por isso, as lutas interiores que vamos travando para o alcance da famigerada harmonia, as dúvidas que ultrapassamos e que nos recolocam na estrada certa, mais não fazem do que desbastar, e desbastar:
camadas sobrepostas que fomos acumulando ao longo dos anos, colocadas pelas nossas culpas, medos, pelas imposições sociais, pelas ditaduras dos outros, pelo nosso desconhecimento e imaturidade, que se vão convertendo progressivamente em sabedoria e força!
Até que, no fim do caminho que é, afinal, o maior dos (re)começos, está lá aquela criança linda que fomos um dia, ou a que nunca nos deixaram ser, de braços abertos, para nela nos fundirmos e, aí sim, darmos início...
à GRANDE AVENTURA!!
(a tónica que hoje vos deixo é, à semelhança da carta do Tarot "O Louco", que se libertem e vão à conquista do vosso próprio eu, sem desistências, que se aventurem, «por mares nunca de antes navegados»!... (à boa maneira portuguesa!... ;)))
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