... "todos precisamos de" - das frases mais bem ditas que existem!
Ontem o meu filho de 2 anos não parava de chorar - quer dizer, aquele 'choro' que me fez acabar de colocar estas aspas que lhe conferem, neste caso, um sentido mais idiomático que outra coisa!... - choro sem lágrima (qual ator amador), 'mero' (outra vez aspas!!) queixume, ladainha seca, mas dramatizada ao máximo, em ordem a obter algo a que se acha com o direito, que em bebés desta idade corresponde a... tudo!!... (e nesta última palavra não pus aspas, note-se!!)
E então, vai daí eu a pensar e repensar o que seria, porque todos os motivões principais já se encontravam há muito descartados: fome/ sede/ alguma dor/ vá, uma bolachinha extra, tudo "check", no sentido de não constar.
Até que olhei para a carinha dele e tive uma daquelas sensações oriundas da mais profunda das intuições, a maternal, e percebi que ele simplesmente queria colo!
Não porque estivesse a sentir algo físico diferente, não por algo mais palpável, digamos assim, mas porque naquele momento, do nada, quis ser ainda mais acarinhado e mimado.
... e não é isto que nós, adultos, também tantas vezes sentimos, e dilaceradamente também tantas vezes não nos é dado no momento certeiro, da forma certeira?...
Seria excelente que, quando fôssemos assolados por estas vontades súbitas de muito miminho e festinha, carregássemos num botão e, aonde quer que estivéssemos, nos surgisse o nosso mais-que-tudo, a nossa mãe, etc., etc., enfim, alguém que fosse 'a pessoa' para o efeito, nem que o dito funcionalismo também criasse para tal um ser, à conta da sua apriorística inexistência.
É bom o mimo, nada há de melhor, é aquela almofadinha de veludo que nos vai amparando em todas as agruras, e nos conferindo a sensação de que "tudo vai passar", "tudo vai ficar bem"!
Por isso, temos "o direito" (que nem bebés de 2 anos, isto mesmo!!), a OBRIGAÇÃO, de o pedir, de o clamar, sempre. Não tenham vergonha, não tenham pruridos:
nada há de mais maduro do que não ter medo de exigir à vida e a quem nos rodeia doses industriais de mimo... desde que também nós estejamos sempre prontos para o distribuir aos nossos queridos, como uma inesgotável fonte de água cor-de-rosa!...
Ontem o meu filho de 2 anos não parava de chorar - quer dizer, aquele 'choro' que me fez acabar de colocar estas aspas que lhe conferem, neste caso, um sentido mais idiomático que outra coisa!... - choro sem lágrima (qual ator amador), 'mero' (outra vez aspas!!) queixume, ladainha seca, mas dramatizada ao máximo, em ordem a obter algo a que se acha com o direito, que em bebés desta idade corresponde a... tudo!!... (e nesta última palavra não pus aspas, note-se!!)
E então, vai daí eu a pensar e repensar o que seria, porque todos os motivões principais já se encontravam há muito descartados: fome/ sede/ alguma dor/ vá, uma bolachinha extra, tudo "check", no sentido de não constar.
Até que olhei para a carinha dele e tive uma daquelas sensações oriundas da mais profunda das intuições, a maternal, e percebi que ele simplesmente queria colo!
Não porque estivesse a sentir algo físico diferente, não por algo mais palpável, digamos assim, mas porque naquele momento, do nada, quis ser ainda mais acarinhado e mimado.
... e não é isto que nós, adultos, também tantas vezes sentimos, e dilaceradamente também tantas vezes não nos é dado no momento certeiro, da forma certeira?...
Seria excelente que, quando fôssemos assolados por estas vontades súbitas de muito miminho e festinha, carregássemos num botão e, aonde quer que estivéssemos, nos surgisse o nosso mais-que-tudo, a nossa mãe, etc., etc., enfim, alguém que fosse 'a pessoa' para o efeito, nem que o dito funcionalismo também criasse para tal um ser, à conta da sua apriorística inexistência.
É bom o mimo, nada há de melhor, é aquela almofadinha de veludo que nos vai amparando em todas as agruras, e nos conferindo a sensação de que "tudo vai passar", "tudo vai ficar bem"!
Por isso, temos "o direito" (que nem bebés de 2 anos, isto mesmo!!), a OBRIGAÇÃO, de o pedir, de o clamar, sempre. Não tenham vergonha, não tenham pruridos:
nada há de mais maduro do que não ter medo de exigir à vida e a quem nos rodeia doses industriais de mimo... desde que também nós estejamos sempre prontos para o distribuir aos nossos queridos, como uma inesgotável fonte de água cor-de-rosa!...

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