"A Felicidade não é um acontecimento. É uma aptidão." Dostoievski
A Felicidade é amar uma
gota de chuva a escorrer na cara, acidentalmente.
É ficar comovido com a
gargalhada de uma criança. É ir ainda à procura do famigerado “som do mar” num
búzio numa prateleira de uma loja.
Ser feliz é ficar feliz
porque a nossa amiga se vai casar e está radiante, não tendo nós namorado há 3
anos.
É adorar sentir o vento na
cara mesmo quando no fundo do nosso compartimento cerebral de hipocondria
achamos que aquele ar gelado a embater-nos de frente só nos vai poder
constipar.
É adorar que demoremos
tanto a mastigar um pedaço de chocolate, tal é o comprazimento, que o dito já
se transformou em mousse na nossa boca orgulhosamente gulosa.
Ser feliz é poder passar
horas e horas sozinho e nunca se sentir só.
É ter filhos por opção
vinda das entranhas, e não por ‘moda’ ou fenómeno de imitação.
É comprar um vestido
cor-de-rosa giríssimo e ter o maior dos prazeres ao enverga-lo, mesmo que não
calhe ninguém do nosso conhecido Mundo nos ver, nem sequer o nosso namorado/
marido. Não faz mal, NÓS sentimo-nos bem!
Ser feliz é, sobretudo,
aprender a valorizar o muitas vezes tão escondido valorizável. Sim, porque ser
feliz tem obrigatoriamente de passar pelo aprender.
É quase obrigatório,
aliás, ter de envelhecer para se poder consciencializar o âmago da Felicidade,
e ganhar a sabedoria de o saber agarrar e multiplicar, qual milagre dos pães.
Ser Feliz é, realmente,
uma “aptidão”, tinhas toda a razão, Dostoievski, e é esta que nos permitirá
fabricar todos os “acontecimentos” felizes tanto quanto possível nos nossos
dias, com os fios de veludo transparente tecidos em mãos de fada!...
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